Apesar de serem muitas pessoas, apenas 12% do total contactam a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a pedir ajuda por causa de problemas com o jogo.
Pelo menos 100 mil pessoas apresentam sinais de vício o jogo dos raspadinhas, mas poucos pedem ajuda. Um facto que é ainda mais preocupante, porque a maioria dos viciados são pessoas com pouco dinheiro e mais velhas.
A percentagem de jogadores de raspadinha que pedem apoio psicológico é reduzida. Representam apenas 12% do total de pessoas que contactam a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a pedir ajuda por causa de problemas com o jogo.
O alerta surgiu há uma semana. Um estudo do conselho económico e social revelava que cerca de 100 mil portugueses têm o vício da raspadinha. E 30 mil já padecem de perturbação de jogo patológico. Os que mais jogam são os mais vulneráveis, como é o caso das pessoas mais velhas e mais pobres.
100 mil pessoas têm o vício da raspadinha, não tem correspondência com o número de telefonemas feitos para a linha de apoio ao jogo responsável da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
No ano passado, recebeu apenas 274 chamadas. 135 foram alvo de tratamento psicológico. Só 16 diziam respeito à raspadinha.
Segundo o Jornal de Notícias, também nas reuniões de entreajuda dos jogadores anónimos de Lisboa e do porto raramente aparecem pessoas por causa deste jogo instantâneo.
Governo e Santa Casa apressaram-se a prometer que vão estudar medidas para proteger as pessoas que têm dependência.
Na SIC, o comentador político Marques Mendes defendeu que deve haver coragem para acabar com a raspadinha.
Os especialistas em dependência do jogo defendem medidas urgentes para prevenir casos de adição relacionados com a raspadinha, o jogo mais popular da Santa Casa da Misericórdia.
Fonte: SIC