Perigo de continuação de atividade criminosa na origem da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa
A 14 de maio, a ação surpresa do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa abalou com estrondo a última jornada da II Liga da época passada. A Operação Jogo Duplo entrou em campo no final dos jogos e fez 15 detenções por todo o país, entre jogadores, dirigentes e empresários. Agora, mais de meio ano depois, seis jogadores foram impedidos nesta semana pelo Tribunal da Relação de Lisboa de continuarem a jogar enquanto decorrer a investigação.
Ansumane (Felgueiras), Pedro Oliveira (Gafanha), João Carela (Estarreja), Hugo Moedas (Águeda), Rafael Veloso (Belenenses) e André Almeida (Real) são os seis jogadores em causa, impedidos de entrar em campo, a pedido do DIAP de Lisboa, por existir o perigo de continuação da atividade criminosa. Os primeiros quatro jogaram na Oliveirense na época passada, os últimos dois no Oriental.
A Liga de Clubes já foi notificada da suspensão destes jogadores. Segundo nota da Procuradoria-Geral da República na altura, a Operação Jogo Duplo investiga “factos suscetíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e ativa na atividade desportiva”, envolvendo como suspeitos “dirigentes e jogadores de futebol” e outros com “ligações ao negócio das apostas desportivas”.
Em maio, além de dez jogadores de Oriental e Oliveirense, foram detidos para interrogatório o então presidente da SAD do Leixões, Carlos Oliveira, e o diretor desportivo, Nuno Silva, o ex-futebolista Rui Dolores, bem como os empresários Aranha e Gustavo Oliveira.
Fonte: DN Desporto