O gangue realizou um grande número de atividades ilegais, como tráfico de drogas, contrabando de tabaco, assaltos a residências, posse ilegal de armas de fogo, roubo de veículos e corrupção desportiva.
Nos dias 26 e 27 de junho de 2018, a Polícia Nacional espanhola e os Mossos d’Esquadra, apoiados pela Europol, a INTERPOL e Polícia da Geórgia, levaram a cabo uma das maiores operações espanholas contra um prolífico grupo organizado na Europa. A operação resultou na detenção de 129 pessoas, incluindo dirigentes, e foram realizadas 74 buscas domiciliárias em diversas cidades espanholas. Foram apreendidos 100 000 euros em dinheiro, bem como armas de fogo, coletes à prova de bala e uma quantidade significativa de tabaco ilícito.
As investigações, iniciadas em 2016, levaram as autoridades a estabelecer a complexidade deste grupo criminoso, considerado um dos maiores da Europa. Descobriram que os diferentes círculos da rede eram liderados por um “ladrão legal”, criminosos profissionais de alto nível da antiga União Soviética que desfrutavam de posições de elite no ambiente do crime organizado, coordenando grupos e tomando decisões no submundo do crime. Eles são, por sua vez, responsáveis por todos os membros do grupo e gerem todas as suas atividades e lucros obtidos com atividades ilegais. O grupo do crime organizado foi ajudado por outras redes criminosas internacionais da Bélgica, França, Itália, Lituânia e Estados Unidos, que eram compensadas com receitas provenientes do branqueamento de capitais.
Corrupção desportiva: Um grande número de detidos teve contacto próximo com muitos jogadores de ténis, voleibol de praia, basquetebol e hóquei no gelo. Aproximadamente 20 jogadores foram subornados para acertar o resultado das partidas. Mais tarde, apostaram nesse resultado para obter ganhos ilegalmente.
Contrabando de tabaco: Os criminosos estabeleceram uma rede internacional de contrabando de tabaco produzido na Ucrânia e na Polónia e transportado em camiões para França, Itália e Espanha.
Tráfico de veículos: Manipulavam os conta-quilómetros e os documentos de veículos de luxo que eram comprados na Bélgica e na Alemanha para serem vendidos em Espanha.
Assaltos a residências: Alguns dos grupos dedicavam-se a assaltos a residências em Alicante e Valência, onde a rede possuía uma casa clandestina onde eram fabricadas peças roubadas de joalharia e lingotes de ouro e prata.
Quatro peritos da Europol de diferentes unidades que prestaram apoio no local
A Europol apoiou esta investigação desde o início, fornecendo apoio analítico a dois projetos diferentes: Corrupção Desportiva e Crime Organizado na Europa Oriental e organizaram várias reuniões operacionais nos últimos meses. No dia da ação, quatro peritos da Europol do Departamento de Criminalidade Grave e Organizada e do Centro Operacional foram destacados para Alicante, Valência e Madrid, equipados com dois gabinetes móveis e um Dispositivo Universal de Extração Forense (UFED). As informações recolhidas durante a operação serão analisadas e trocadas em tempo real e imediatamente comparadas com as bases de dados da Europol.
Fonte: Europol
