A China libertou um executivo de um casino australiano que tinha sido condenado por delitos relacionados com o jogo.
Jason O’Connor, que dirigiu os programas VIP internacionais da Crown Resorts, foi condenado a 10 meses de prisão em Xangai, em junho.
A ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, confirmou a libertação de O’Connor no sábado e disse que este regressaria à Austrália para se reunir com a sua família.
O jogo em casinos, a comercialização de casinos e a organização de viagens de jogo ao estrangeiro envolvendo 10 ou mais pessoas são ilegais na China continental. O processo contra o pessoal da Crown Resorts surge numa altura em que as autoridades estão a reprimir o jogo, no âmbito de uma campanha mais vasta contra a corrupção oficial.
Dezanove arguidos, incluindo três australianos da equipa de vendas e marketing da Crown, foram condenados pelo tribunal de Xangai.
De acordo com a Crown Resorts, os 17 atuais e os dois antigos empregados foram condenados por delitos que incluem a organização de festas de jogo ou a prática de jogos de azar como atividade principal, que implicam uma pena máxima de três anos de prisão.
Do grupo, 16 foram multados e enviados para a prisão, com a Crown a pagar as multas combinadas de quase 1,7 milhões de dólares (1 milhão de libras).
O’Connor é o último dos três funcionários australianos da Crown a ser libertado. O tempo que ele e os outros arguidos passaram em detenção desde 14 de outubro foi contabilizado nas suas sentenças.
John Alexander, presidente executivo da Crown, afirmou: “Estamos muito satisfeitos pelo facto de os nossos funcionários estarem a reunir-se com as suas famílias. A Crown aprecia profundamente o apoio prestado pelo nosso advogado nos últimos meses e agradece ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e ao Governo australiano pelo seu profissionalismo e assistência”.
Após as detenções em outubro do ano passado, a Crown Resorts começou a retirar-se da sua atividade na China para se concentrar no mercado australiano. Em maio, a Crown afirmou ter angariado 987 milhões de dólares com a venda da sua participação numa joint-venture de operadores de casino em Macau – um enclave chinês onde o jogo é legal.
Os operadores de casino de toda a Ásia têm procurado atrair os grandes apostadores chineses que têm evitado Macau – o maior mercado de jogo do mundo – por causa da atual repressão da corrupção levada a cabo pelo Presidente chinês Xi Jinping. Ao mesmo tempo, o governo tem tentado travar o fluxo de dinheiro chinês para os casinos estrangeiros.
Fonte: The Guardian
