Os casinos portugueses somaram, no ano passado, 318,8 milhões de euros de receitas com a exploração do jogo de fortuna e azar
O Governo está atrasado no lançamento dos concursos públicos internacionais para a concessão de exploração dos casinos do Estoril, Lisboa e Figueira da Foz, e arrisca-se a perder milhões de euros em impostos que iriam parar aos cofres do Estado, revela o “Público” esta segunda-feira. Os contratos em vigor terminam em 31 de dezembro de 2020.
Os casinos de Lisboa e do Estoril, que pertencem à Estoril-Sol, assim como o da Figueira da Foz, que pertence à Figueira Praia, participada pela Amorim Turismo, vivem um momento de impasse.
Só no ano passado, estes três casinos pagaram mais de 64 milhões de euros em impostos ao Estado, ou seja, ao Turismo de Portugal, entidade que tutela o sector e que arrecada a verba. Mais: nos últimos quatro anos, estes três casinos deram aos cofres da mesma entidade mais de 233 milhões de euros.
Em declarações ao matutino, Mário Assis Ferreira, presidente não executivo da Estoril-Sol, diz que “é obviamente preocupante que ainda não se saiba nada dos concursos”, uma vez que estes são internacionais e, por norma, estão “sujeitos a uma série de burocracias legais”.
“Temos a promessa do Governo de que seríamos consultados para contribuir com o nosso conhecimento para a elaboração do caderno de encargos, mas até agora nada aconteceu”, afirmou.
Os dois maiores casinos portugueses, que são o do Estoril e o de Lisboa, representam 46,17% da quota de mercado do sector. “Se acrescermos os 4,96% da quota do Casino da Figueira da Foz dá 53,13% da globalidade dos casinos em operação em Portugal”, lembrou.
De acordo com o “Público”, os casinos portugueses somaram, no ano passado, 318,8 milhões de euros de receitas com a exploração do jogo de fortuna e azar. O grupo Estoril-Sol, que detém a concessão do Estoril, Lisboa e Póvoa de Varzim, teve uma facturação na ordem de 196,8 milhões de euros.
Fonte: Expresso