A empresa Plurijogos, detentora da marca Casinos Angola, registou um decréscimo de cerca de 35% na sua faturação no último ano.
A empresa Plurijogos, detentora da marca Casinos Angola, registou um decréscimo de cerca de 35% na sua faturação no último ano, quebra que explica com a saída do país de expatriados, essencialmente da comunidade asiática.
A informação foi hoje avançada pela diretora de Marketing e Comunicação da Plurijogos, Teresa Viegas, na apresentação do seu mais recente projeto, em Luanda, denominado Casino Gika, um investimento inicial de 17 milhões de dólares (15,4 milhões de euros), que poderá chegar aos cerca de 40 milhões de dólares (36 milhões de euros) na sua fase final.
Sem avançar números sobre a faturação, Teresa Viegas disse que nos seus mais de 20 anos de existência, a empresa sempre registou crescimentos, com exceção do ano fiscal 2014/2015.
“Devido à saída do país de muitos expatriados e da diminuição da comunidade asiática sob influência da crise económica, registamos um decréscimo de 30 a 35% na nossa faturação. A partir de agora as nossas tomadas de decisões e avanços para novos projetos têm de ser bem planeadas”, disse Teresa Viegas.
Com uma quota de mercado de quase 80% de mercado, a Plurijogos congratula-se com a recente aprovação da Lei de Jogos, que considera “salvaguarda do seu investimento, com a definitiva regulação do mercado e o estabelecimento de regras claras” à atividade.
Por outro lado, com a nova lei, segundo Teresa Viegas, os números são penalizadores no que toca aos encargos fiscais.
“Nós, o ano passado, cumprimos a nossa carga fiscal normal como outra empresa qualquer, com a implementação este ano da lei – quando ela for publicada podem consultá-la – os números são francamente penalizadores”, referiu Teresa Viegas.
“São impostos de jogo específico e vai existir dupla tributação, que vai colidir com a Constituição angolana. É a única atividade que vai ter dupla tributação, existe uma tributação de pagamento de imposto e um pagamento adicional”, reforçou.
Relativamente ao Casino Gika, um espaço de seis pisos de 1.500 metros quadrados cada, dos quais cinco em subsolo, vai criar cerca de 600 postos de trabalho diretos, elevando o número de trabalhadores da empresa em cerca de 1.600, distribuídos pelas 14 casas existentes em Luanda, Benguela e Huambo.
Com um adiamento de sete anos, a obra a cargo do empreendedor/urbanizador Luna Hotéis, deverá ser entregue à Plurijogos ainda este ano, levando a conclusão do Casino Gika, o maior de Angola e da África Austral, pelo menos mais um ano.
A Plurijogos dedica-se desde 1992 à exploração de jogos de fortuna e azar, nomeadamente casinos, ‘slot machines’, salas de bingo e restauração.
Fonte: Dinheiro Vivo