Eram cerca de três dezenas os ex-trabalhadores do Casino da Póvoa que, esta quarta-feira de manhã, aguardavam Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República vinha presidir à cerimónia inaugural do Correntes d”Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, mas não deixou de parar, ouvir os trabalhadores e prometer “inteirar-se” da situação.
“Neste momento, temos um relatório dos peritos nomeados pelo tribunal que diz que não havia razão económica nenhuma que justificasse o despedimento coletivo”, explicou Francisco Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores da Industria Hoteleira, que aproveitou a vinda de Marcelo para gritar bem alto as alegadas “ilegalidades” cometidas pelo Casino da Póvoa”. Entre os 21 trabalhadores despedidos em 2014 da sala de jogo poveira, está Mónica Vargas. Com o relatório recentemente saído, diz, os trabalhadores ganharam nova esperança na luta que já travam há três anos.
“É a prova que devemos ser reintegrados imediatamente. O Casino, depois do nosso despedimento, já contratou pessoal”, garante Mónica.
Marcelo saiu do carro e não se acanhou. Depois de algumas fotografias e beijinhos distribuídos entre a população que o esperava, foi ter com os manifestantes. Ouviu, prometeu falar com o presidente da Câmara e com o Casino para se inteirar da situação e, no final, acabou a tirar fotografias com os manifestantes.
“É um presidente próximo. Ouve as pessoas”, atiravam, no final os manifestantes, satisfeitos por terem podido entregar a Marcelo um dossiê sobre o caso.
Fonte: Jornal de Notícias