As vendas brutas dos jogos sociais atingiram os 2,7 mil milhões de euros em 2016, o que traduz um aumento de 24% em relação à faturação do ano anterior e representa o valor mais alto de sempre.
Este acréscimo levou a que os beneficiários dos jogos tenham recebido também o montante mais elevado da história: 672 milhões de euros (mais 11,4% do que em 2015). Falando na apresentação dos relatórios de gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Santana Lopes salientou que as “contas estão sólidas e robustas” e que “excederam largamente o orçamentado”.
Os resultados líquidos foram “muito bons”, destacou ainda o Provedor da Santa Casa, referindo-se aos 21,1 milhões de euros alcançados o ano passado (mais 15,3 milhões face a 2015.
Um “lucro” que resultou não só do aumento dos resultados dos jogos sociais mas também do “controlo eficaz da despesa corrente, nomeadamente em compras, fornecimentos e serviços externos, cujos gastos baixaram 4,1% para 56,4 milhões.
Apesar da sustentabilidade financeira da Santa Casa estar garantida, o provedor garantiu que a Santa Casa “não repousa sobre a solidez das contas” e vai continuar a diversificar as suas fontes de receitas, nomeadamente ao nível do património e no desenvolvimento das apostas hípicas, previstas para o primeiro semestre dfe 2018, e na renovação dos jogos tradicionais, como o Totobola.
A raspadinha, com 1359 milhões de euros, representa já quase 50% das vendas totais e é cada vez mais o jogo preferido dos portugueses. O placard, lançado em 2015, foi uma aposta ganha ao registar uma faturação de 385 milhões de euros, representando já quase 14% das vendas totais.
As apostas mútuas (euromilhões, totobola, totoloto, milhão e joker) mantêm a tendência de quebra registadas nos últimos anos, e representam agora apenas pouco mais de 34% do total.
Santana Lopes fez questão de frisar ainda que os resultados obtidos permitiram reforçar as políticas de apoio na área da Saúde, Ação Social, Investigação, Cultura, Património, entre outras.
Fonte: Dinheiro Vivo