A escassas duas horas do Feirense-Rio Ave, (com início às 05:00 em Macau) a Placard, operadora da Santa Casa da Misericórdia no que às apostas desportivas diz respeito, suspendeu todas as apostas relativas àquele jogo. A decisão deveu-se a um movimento “desusado” de jogadores inclinados para a vitória do Feirense e, no topo dessa lista, a aposta de um cidadão chinês, no valor de 100.000 euros, feita a escassos minutos do início do jogo! E terá sido exactamente esta “forte jogada” que despoletou toda a acção de suspensão.
Naturalmente que foram alertadas todas as entidades desportivas, com a Liga Portuguesa de Futebol Profissional à cabeça , para os procedimentos normais em casos semelhantes.
Para já, e na linguagem que os apostadores bem conhecem, as “odds” deste jogo eram, à hora da suspensão, de 3,09 para a vitória do Feirense, 2,52 para a vitória do Rio Ave e 3,24 para o empate.
Até agora, não são conhecidas mais acções, quer da Santa Casa da Misericórdia, quer da Placard ou da Polícia Judiciária, mas é crível que, nas próximas horas, essas diligências sejam feitas.
Num comunicado algo lacónico, a Santa Casa da Misericórdia refere um “volume atípico de apostas registadas e risco financeiro envolvido”, como razão para a decisão de suspensão tomada.
Em termos práticas e imediatos, o presidente da LPFP, Pedro Proença, deslocou-se para Santa Maria da Feira para assistir ao encontro, não prestando no final do mesmo, obviamente, quaisquer declarações.
Na época passada, mas envolvendo clubes das divisões secundárias, a Polícia Judiciária investigou diversas acções e chegou mesmo a constituir arguidos alguns dirigentes. Porém, não é do domínio público a situação das investigações e/ou do processo entretanto instaurado.
Fonte: Jornal Tribuna de Macau