Portugal: Cerca de 100 mil pessoas em Portugal apresentam sintomas de vício das raspadinhas

De acordo com o estudo “Quem paga a raspadinha?”, são os mais velhos e com menos rendimentos que mais dinheiro gastam em raspadinhas. Este tipo de jogo afeta também...

De acordo com o estudo “Quem paga a raspadinha?”, são os mais velhos e com menos rendimentos que mais dinheiro gastam em raspadinhas. Este tipo de jogo afeta também proporcionalmente mais mulheres do que homens.

O vício das raspadinhas é mais comum nas pessoas com menos estudos e com menos rendimentos, segundo um estudo, divulgado esta terça-feira, que traça o perfil do jogador.

De acordo com o estudo “Quem paga a raspadinha?”, apresentado esta terça-feira pelo Conselho Económico e Social (CES) em conjunto com a Universidade do Minho, quem tem rendimentos mais baixos gasta mais dinheiro em raspadinhas, mais concretamente quem ganha entre 400 e 664 euros por mês, em comparação com pessoas que auferem mais de 1.500 euros.

Esta investigação também apurou que o nível de vício aumenta em pessoas com menos estudos. Isto acontece porque é um jogo barato, de fácil acesso e de resultado imediato.

100 mil pessoas apresentam sintomas

Cerca de 3% dos adultos portugueses estão em risco de desenvolver problemas com o jogo e 100.000 pessoas apresentam sintomas por causa do vício das raspadinhas, sintomas esses que podem ser depressivos, de ansiedade ou de stress.

De acordo com o estudo, este tipo de jogo afeta proporcionalmente mais mulheres do que homens, ao contrário do que acontece noutras modalidades de jogo. A probabilidade de vício aumenta também com a idade, já que quem tem mais de 66 anos joga mais.

Nota também para o facto de um vício nunca vir só, isto porque quem tem problemas com dinheiro gasto em raspadinhas fuma mais e bebe mais álcool.

O estudo promovido teve cerca de 2.500 entrevistados, todos dos 18 anos para cima. Mas não ficará por aqui: nos próximos anos serão estudadas com profundidade as doenças e o cérebro de quem é viciado nas raspadinhas.

Fonte: SIC

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