A demolição do Hotel Estoril Sol pode acarretar riscos para a saúde dos munícipes de Cascais, alerta a Comissão Política da Concelhia do PS, especificando que “não está prevista ou sequer assegurada a obrigação de que venham a ser tomadas todas as medidas que acautelem danos irreparáveis para a saúde pública”, face à presença de “consideráveis quantidades de amianto existentes no actual edifício”.
Segundo o presidente da Concelhia do PS, Umberto Pacheco, “foram as próprias empresas ligadas ao tratamento do ambiente que alertaram para a existência de amianto”. Isto, depois de terem avisado o presidente da autarquia, António Capucho, o qual se terá mostrado insensível para a questão, remetendo a responsabilidade para o promotor imobiliário.
Mas, para Umberto Pacheco, “não tem de ser o promotor a responsabilizar-se, deve ser o Executivo camarário a impor essas medidas”. Pacheco sublinhou ainda ao CM que “a implosão já foi abandonada e as empresas contactadas ainda não aceitaram a demolição”. Em Portugal, prosseguiu, “não há empresas credenciadas para fazer esta demolição”.
Contactada pelo CM a autarquia, através do Gabinete da Presidência, garantiu que “a demolição do Estoril Sol será feita com obediência a todos os requisitos técnicos e ambientais e fiscalizada pelas entidades competentes, não sendo de recear quaisquer riscos para a saúde pública”.
E considerou que “as supostas preocupações do PS não são mais do que uma manobra de diversão adicional, de natureza eleitoralista, para tentar evitar o inevitável”.
Fonte: Correio da Manhã