Cerca de metade da população em Portugal (55,6%) joga a dinheiro, segundo um estudo nacional que indica que a maioria não tem sinais de dependência.
“No conjunto da população, há 55,6% de jogadores de algum tipo de jogo a dinheiro”, sendo o Euromilhões o mais jogado, segundo o relatório final do V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População Geral, Portugal 2022, divulgado pelo Instituto dos Comportamentos Aditivos e das Dependências (ICAD).
Quase metade da população (45,6%) joga no Euromilhões, seguindo-se a Raspadinha (36,8%), o Totobola/Totoloto (12,2%), a Lotaria (11,3%) e o Placard (8,8%), revela o relatório, que teve por base entrevistas realizadas entre setembro de 2021 e novembro de 2022 a pessoas entre os 15 e os 74 anos.
O estudo indica ainda que os homens jogam mais do que as mulheres (62,7% vs 49%), com exceção das Raspadinhas, que são mais solicitadas pelas mulheres.
Os investigadores realizaram um teste para perceber a dependência do jogo e concluíram que 53,7% da população não tinha problemas de dependência com jogos de fortuna ou azar, mas 1,3% da população apresentava alguns sinais e 0,5% tinha mesmo a “probabilidade de ser jogador patológico”.
A prevalência de jogadores com alguns problemas passou de 0,3% em 2012 para 1,2% em 2017, mantendo-se agora estável neste último relatório. A prevalência do jogo patológico também subiu de 0,3% em 2012 para 0,6% em 2017, tendo agora descido ligeiramente para 0,5%.
A probabilidade de ser um jogador patológico é maior entre os jogadores do sexo masculino e entre os jovens com idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos, de acordo com o estudo hoje divulgado.
Fonte: The Portugal News