Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online estima quebras entre 70% e 75% em março, que, a partir de abril, podem chegar perto dos 100%, devido ao cancelamento das competições.
A Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO) alertou esta quinta-feira que estima perdas de receitas em apostas desportivas entre 70% e 75% em março e, a partir de abril, podem chegar perto dos 100%, devido ao cancelamento das competições.
“No corrente mês de março, os nossos associados estimam uma perda de receitas em apostas desportivas na ordem dos 70 a 75% e, a partir do próximo mês, antecipam que se agrave para perto de 100% das receitas devido à ausência de oferta de desportos e competições, acrescido pelo facto dessa oferta ser mais limitada em Portugal do que se verifica na maioria de outros países onde o jogo ‘online’ é regulado”, afirmou o presidente da APAJO, Gabino Oliveira, em comunicado.
Este setor está a sofrer as consequências do cancelamento ou adiamento generalizado dos eventos desportivos, face à pandemia de Covid-19, cujo impacto está a ser “drástico”, diz a APAJO.
A associação espera também “um impacto significativo” nas receitas dos jogos de fortuna ou azar, tendo em conta os efeitos económicos e sociais que a atual situação terá nas empresas e famílias.
Para assegurar a viabilidade económica e a manutenção dos postos de trabalho das empresas deste setor, que tem apenas cerca de quatro anos de operação em Portugal, a APAJO apelou à “proatividade” do Governo, regulador e operadores de apostas ‘online’, para que se possa encontrar “soluções adequadas”, além das medidas de apoio já anunciadas pelo executivo.
“O setor do jogo é parte integrante do setor do turismo e emprega muitas centenas de pessoas, pelo que é indispensável clarificar que medidas excecionais e estruturais podem ser tomadas para minimizar os impactos nesta atividade”, acrescentou a associação.
Estes representantes deixaram, ainda, um alerta relativamente ao jogo ilegal, que, diz, “encontra sempre nos momentos de crise terreno fértil para a sua expansão”, considerando essencial que se tomem medidas para impedir que os operadores desta atividade paralela “saiam beneficiados desta crise”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
Dos casos confirmados, 553 estavam a recuperar em casa e 89 estavam internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Fonte: Expresso