Durante os 50 anos de duração da concessão, o Governo do Laos fica impedido de autorizar outras empresas a operarem casinos nas províncias de Savannakhet – onde se situa o Savan Vegas – e ainda nas províncias vizinhas de Borikhamxai e Khammouane.
A operadora de jogo Macau Legend Development, dirigida pelo empresário David Chow Kam Fai, acabou por ser a concessionaria escolhida para assumir as operações do resort Savan Vegas, no Laos. A empresa de Macau pagou 42 milhões de dólares (335,8 milhões de patacas) pelos direitos para operar o complexo, num acordo que prevê um monopólio efectivo da exploração de jogo em três províncias do Laos por um período de 50 anos.
De acordo com um comunicado da Macau Legend, divulgado na sexta-feira, a concessionária fica ainda responsável por desenvolver um lote de terreno situado ao lado do Savan Vegas e por construir dois campos de golfe, um hotel de 600 quartos, moradias, um casino, um centro de exposições e um spa e piscinas, além das instalações para acomodar os funcionários e para realizar acções de formação.
Meio século de monopólio para a Macau Legend
“O acordo de desenvolvimento de projecto [PDA, na sigla em inglês] terá uma duração inicial de 50 anos”, confirma a Macau Legend, no comunicado em que revela ainda que, caso a Macau Legend consiga cumprir com todas as suas obrigações previstas para esse período, a concessão poderá ser renovada por mais 49 anos.
“Durante o termo do acordo, o Governo da República Popular Democrática do Laos não poderá ceder a uma terceira parte qualquer licença, permissão ou concessão autorizando essa terceira parte a operar quaisquer actividades de apostas dentro da zona de exclusividade (que consiste nas províncias de Borikhamxai, Khammouane e Savannakhet) sem o consentimento escrito prévio da Macau Legend”, esclarece ainda a empresa liderada por David Chow.
A concessão da licença de operação do casino Savan Vegas chegou a ser submetida a um processo de concurso, em que a Macau Legend estava na corrida, lado a lado com outras cinco empresas (incluindo duas outras de Macau – o grupo Iao Kun, que investe sobretudo no mercado da promoção de jogo, e um consórcio envolvendo a RGB Macau, subsidiária do fabricante malaio de máquinas de jogo RGB International, que controla o casino L’Arc, operando sob uma licença da SJM Holdings). Na quarta-feira passada, no entanto, a RGB International avançou que o processo de concurso tinha sido cancelado pelo Governo do Laos, sem avançar qualquer razão para tal.
Fonte: Ponto Final