Sulu Sou, legislador do governo de Macau, sugeriu no mês de fevereiro do corrente ano, que o território se beneficiaria limitando as chegadas de turistas. O democrata defende que a adoção de medidas para diminuir as “influências negativas” do “excesso de turismo” na vida da população de Macau, é uma questão de interesse público. Chegou a apresentar um projeto de lei nesse sentido. Como era esperado, a grande maioria dos seus colegas na Assembleia não apoiou a proposta por entenderem que limitar o número de visitantes seria um enorme passo para trás.
Entendem que para acomodar o maior número de turistas sob um modelo de mercado de massa e não jogo, os planos de infra estruturas previstos devem continuar a avançar para facilitar a oferta. Algumas áreas planeadas são opções ampliadas de entretenimento, convenções e exposições, hotéis e retalho, resorts integrados e instalações voltadas para a família.
No entanto, para o democrata, a ausência de medidas do Executivo para combater o “hiperdesenvolvimento do turismo”, compromete o próprio projeto que o Governo Central traçou para o desenvolvimento de Macau.
Sulu Sou afirma que a “expansão sem limites do turismo está a afetar o espaço de vida da população”. O plano adotado para dispersar turistas por todas as zonas de Macau também está a gerar “descontentamento” por trazer as “perturbações das zonas turistas tradicionais” para bairros “originalmente mais tranquilos”. Além disso, defende também que a expansão do turismo “está a ameaçar o espaço de sobrevivência” das pequenas e médias empresas, uma vez que as lojas destinadas a turistas estão a substituir o comércio tradicional empurrado por “preços e rendas inflacionados”.
No ano passado, Macau recebeu mais de 35, 8 milhões visitantes e para este ano, a Direção dos Serviços de Turismo estima um aumento de cinco ou seis por cento, até 38 milhões.