Game over para jogos online nas Filipinas

REVISTA SÁBADO

Depois dos traficantes de droga, o novo Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, escolheu um outro alvo a abater: a indústria dos jogos online. A primeira a ser atingida foi a empresa que tinha o monopólio dos jogos online em 300 espaços, cuja licença exclusiva expirou na quarta-feira, 10 de Agosto, e não foi renovada, como acontecia há 13 anos.

Além disso, O Castigador acusa o líder da Philweb Corp, Roberto Ongpin, de corrupção e de ser um oligarca que faz lucro à conta dos pobres. Ongpin, um dos homens mais ricos do sudeste asiático, demitiu-se e já anunciou que vai vender todas as suas acções da companhia, numa tentativa de salvar a empresa.

1Nos espaços operados pela Philweb trabalham 5.000 pessoas e a PAGCOR (Philippine Amusement and Gaming Corporation) que é a entidade reguladora dos casinos e do jogo online, prevê que as perdas anuais com o encerramento daqueles espaços ascendam a mais de 191 milhões de euros.

Na última década, a indústria dos jogos online atraiu biliões de investimento estrangeiro para as Filipinas, onde muitas empresas sediaram os seus servidores. Porém, logo depois de tomar posse como presidente Duterte avisou: “O jogo online tem de parar. Foi brotando aqui e ali. Isto está fora de controlo”.

As empresas estrangeiras com licenças especiais de jogo online a operar nas Filipinas também estão sob o olhar do regulador. A diferença é que estas companhias não estão autorizadas a aceitar apostas locais, por isso, por enquanto, tudo está a funcionar normalmente.

Entretanto, o negócio dos casinos, um dos mais florescentes no arquipélago e que também atrai biliões em investimento internacional, e já faz concorrência a Macau e a Singapura, não deverá ser afectado. “Estamos lá para trazer turistas estrangeiros e dólares estrangeiros”, disse à Reuters um executivo de um casino de Manila que não quis ser identificado. “O jogo electrónico nunca pode ter esse crédito”, acrescentou.

Fonte: Revista Sábado

 

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