Ontem, a Polícia Nacional espanhola (Policía Nacional) fez buscas em oito casas em seis regiões de Espanha, relacionadas com a viciação de resultados, o branqueamento de capitais e os grupos criminosos. Os agentes da lei espanhóis detiveram onze pessoas, incluindo jogadores de futebol atuais e reformados e dirigentes de clubes. Além disso, foram apreendidos 100 000 euros em dinheiro.
A operação Oikos revelou que as pessoas investigadas fizeram acordos com diferentes jogadores de futebol para viciar, pelo menos, três jogos nas principais divisões de futebol de Espanha. A rede criminosa selecionava os jogos para os manipular e abordava os jogadores para participarem na burla. Para ganhar o máximo de dinheiro possível, os criminosos faziam apostas combinadas sobre os resultados do intervalo ou sobre o número de cantos. Uma vez organizado o negócio de viciação de resultados, era efetuado um pagamento – sempre em dinheiro – em duas prestações, uma antes do jogo e outra depois de obtido o resultado acordado.
A operação foi apoiada pelo Projeto de Análise da Corrupção no Desporto da Europol. A Europol prestou apoio analítico durante toda a investigação e apoiou a operação no local no dia da atuação. Os analistas da Europol foram enviados para Espanha para efetuar verificações cruzadas e análises em tempo real e prestar assistência forense digital.
A viciação de resultados atingiu proporções gigantescas e a manipulação desportiva não conhece fronteiras; é por isso que é necessária uma resposta internacional coordenada para a combater. Os peritos da Europol trabalham com as autoridades responsáveis pela aplicação da lei em toda a UE para identificar as ligações entre jogos suspeitos e suspeitos e para desmascarar os grupos de criminalidade organizada que orquestram estes casos de fraude desportiva que envolvem vários milhões de euros.
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Fonte: Europol
