Pelo menos 36 pessoas morreram depois de um atirador ter entrado num casino de Manila, capital das Filipinas, a disparar contra clientes e ateando fogo a mesas de jogo, no que terá sido uma tentativa abortada de um assalto, segundo informações avançadas por um porta-voz do Presidente Rodrigo Duterte. Entre os mortos contam-se 13 funcionários do resort e 22 clientes. A 36.ª morte é a do suspeito da autoria do ataque, cujo corpo sem vida foi encontrado, durante a madrugada em Manila, num quarto.
“Ele imolou-se no interior do quarto 510”, confirmou o chefe nacional da polícia filipina, Ronald dela Rosa. “Deitou-se na cama, cobriu-se com um um cobertor grosso e aparentemente regou-se com gasolina”, descreveu.
Não há nenhuma prova, acrescenta Ernesto Abella, que confirme a existencia de qualquer ligação entre o ataque ao complexo de entretenimento do Resort World Manila e o combate do Governo contra militantes islamistas do grupo Maute, com ligações ao Daesh, que tentaram controlar a cidade de Marawi, na ilha de Mindanau (Sul do país).
“Tudo indica que estamos perante um crime cometido por um homem emocionalmente perturbado”, declarou Abella, durante uma cobferência de imprensa. A maior parte das vítimas mortais terá morrido asfixiada no caos que se gerou quando clientes e funcionários tentaram fugir por entre as instalações cheias de fumo, depois de o ataque ter começado, por volta da meia-noite de sexta (16h de quinta em Portugal).
Oscar Albayalde, chefe da polícia da capital filipina, acrescentou que os mortos encontravam-se na principal zona de jogo do casino. “O que os matou foi o fumo espesso. A zona estava alcatifada e, claro, as mesas altamente inflamáveis”.
Através da sua agência de propaganda o grupo islamista Daesh reivindicou o ataque mas o superintendente da polícia filipina, Ronald dela Rosa, afirmou que não existe qualquer indicação de que o tiroteio esteja relacionado com terrorismo e que pode tratar-se, afinal, de um assalto.
Ronald dela Rosa disse que a reivindicação por parte do Daesh pode ser apenas propaganda. Segundo o seu relato à rádio DZMM, um único homem caucasiano armado entrou na zona de jogos no resort, disparou sobre alguns televisores e incendiou algumas mesas, depois de as ter regado com gasolina. Os disparos, diz ainda, não foram dirigidos a pessoas, como foi inicialmente noticiado.
Fonte: Público