Tony Bloom fez uma fortuna em apostas e no póquer e decidiu investir parte do dinheiro no Brigh-ton, em 2009, quando a equipa estava na Division One (terceiro escalão do futebol inglês). O objetivo era levar o clube à Premier League, o que foi alcançado no último fim de semana. Agora, contudo, diz que não vai entrar em grandes loucuras financeiras…
Já antes de tomar conta do clube, Bloom, ou o Lagarto, como ficou conhecido no mundo das apostas e do póquer, era um dos principais investidores do Brighton. Em 2009 assumiu o controlo de 75% das ações e começou a investir, tendo até ao momento gasto mais de 220 milhões de euros, grande parte num novo estádio do clube.
Visto como muito ambicioso – começou a jogar póquer e a ganhar dinheiro com apostas logo aos 7 anos -, Bloom, de 47, enriqueceu quando em 2002 criou a casa de apostas online Premierbet, em vésperas do Campeonato do Mundo. Natural de Brighton e amante de futebol, nunca escondeu que um dia gostaria de transformar este pequeno clube num dos principais do futebol inglês. Esperou até ter uma fortuna avaliada em mais de mil milhões de euros para fazê-lo e agora que chegou à Premier League, 34 anos depois da última presença entre os grandes do futebol inglês, decidiu… fechar a torneira.
“É claro que a quantidade de dinheiro que a Premier League garante aos clubes, nomeadamente com as receitas televisivas, torna as coisas mais equilibradas entre os clubes. Todos os anos se gastam muitos milhões em todos os clubes com contratações, mas não esperem que gastemos grandes quantidades de dinheiro. Temos de ser criteriosos e só gastaremos o necessário. O equilíbrio consegue-se assim, gastando aos poucos. Não vamos dar milhões ao treinador para ele gastar, já temos bons jogadores, os que nos levaram à Premier League”, salientou Bloom após garantir a promoção no último fim de semana, dando o exemplo dos tempos em que jogava póquer.
“Por vezes em alguns jogos tinha muitas fichas e os outros jogadores muito menos. Apostava alto e ia perdendo, eles apostavam baixo e ganhavam. Faziam crescer o pouco que tinham e o muito que eu gastava fez-me perder vários jogos. É isso que eu não quero que aconteça. Demorámos oito anos a atingir o nosso objetivo, mas fizemo-lo com cabeça”, salientou o empresário, que viveu em países como Austrália, Tailândia e Gibraltar.
Bloom foi profissional de póquer até 2011, altura em que decidiu tomar conta apenas dos seus negócios. Porém, de vez em quando aceita participar em alguns torneios. O dinheiro que ganha diz que o gasta com os trabalhadores do Brighton. “Não misturo prazer com negócios. Os meus trabalhadores têm os seus lucros semestralmente, quando participo em torneios prefiro gastar o dinheiro que ganho com os do Brighton, que vivem para o clube”, disse numa entrevista ao The Guardian.
Rival das apostas no Brentford
Tony Bloom, curiosamente, não é o único profissional de apostas que tem um clube no segundo escalão do futebol inglês. O britânico tem outro rival no Brentford, o também inglês Matthew Benham.
A exemplo de Bloom, também ele adquiriu o seu clube de infância com o dinheiro que fez no mundo das apostas. Em termos de resultados financeiros, ambos estão muito equiparados, mas no que ao futebol diz respeito, para já é o Brighton de Bloom que está na liderança, tendo subido à Premier League, ao passo que o Brentford está no meio da tabela do Championship.
Fonte: Diário de Notícias
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