Madeira e Figueira com azar na roleta da sorte dos casinos

Os 11 casinos portugueses tinham dito adeus à crise no ano passado, mas os da Madeira e Figueira voltaram a perder receitas este ano. O sector facturou 71,8 milhões...

Os 11 casinos portugueses tinham dito adeus à crise no ano passado, mas os da Madeira e Figueira voltaram a perder receitas este ano. O sector facturou 71,8 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 6,1% do que há um ano.

Casino da Figueira, da Amorim Turismo, até investiu perto de dois milhões de euros na compra de 100 novas máquinas, no final do ano passado, mas esta modernização do parque de jogos não conseguiu consolidar a travagem da queda de receitas que o casino tinha empreendido em 2015.

Nos primeiros três meses deste ano, a sala da Amorim Turismo registou apenas 3,3 milhões de euros de receitas, o que traduz uma quebra de 11,7% face ao mesmo período do ano passado. Dos 11 casinos portugueses, apenas o da Madeira acompanhou o da Figueira nesta trajectória descendente: a sala do grupo Pestana fechou o primeiro trimestre com uma quebra homóloga de 8,9%, para uma facturação de 1,9 milhões de euros.

Em termos globais, os casinos nacionais viram as suas receitas aumentar 6,1% até ao final de Março passado, ou seja, mais 4,1 milhões de euros do que há um ano, para um total de 71,75 milhões de euros.

Por tipo de jogo, as máquinas registaram um aumento de 6,9% das receitas brutas, totalizando 58,4 milhões de euros, enquanto nos jogos bancados (como a roleta americana, banca, póquer ou “blackjack”) se verificou um crescimento de 3% para 13,1 milhões de euros.

Apesar desta evolução positiva dos casinos portugueses, Artur Mateus, da associação do sector (APC), considera que se trata de “uma recuperação tímida face aos 37% de quebra acumulada verificados entre 2008 e 2014, e que a ligeira subida de 2015 também está longe de compensar”.

Mais 3 casinos mas menos receitas do que em 2001

A título comparativo, Artur Mateus salienta que as receitas de 2015, com 11 casinos em funcionamento, “ainda estão abaixo, em termos reais, das de 2001, data de renovação das actuais concessões, em que havia apenas oito casinos”. Ou seja, ainda não existiam os de Lisboa, Chaves e Tróia.

O Casino de Chaves, do G, foi o que obteve o maior crescimento de receitas no primeiro trimestre deste ano – mais 24,5%, para perto de 1,8 milhões de euros. Já o maior casino português, o de Lisboa, do grupo Estoril-Sol, teve um crescimento homólogo relativamente modesto – 3,3%, totalizando 20,5 milhões de euros.

Os dois casinos portugueses que menos facturam – o de Tróia (960 mil euros no primeiro trimestre) e o de Monte Gordo (918 mil euros) – viram as suas receitas crescer cerca de 12%.

Para o resto do ano, a associação de casinos espera que “se mantenha a tendência de recuperação, embora se observe um abrandamento”. A comparação mês a mês revela que o crescimento em Março foi de 5,64% (com o casino Estoril a recuar 0,6%), o que compara com os 6,13% do trimestre.

Um abrandamento que, para Artur Mateus, “poderá significar o encerramento do ano com crescimento muito aquém destes 6,13%, tanto mais que se prevê um crescimento da concorrência do jogo online e a continuação da concorrência por parte dos jogos da Santa Casa”.

Norte e Algarve crescem a 2 dígitos
Os cinco casinos do grupo Solverde, que detém uma quota de mercado de 27%, foram os que registaram melhor performance nos primeiros três meses do ano – os três do Algarve (Vilamoura, Praia da Rocha e Monte Gordo) viram as suas receitas crescer 15,2%, para um total agregado de 6,2 milhões de euros, enquanto os dois do Norte cresceram entre 24,5% (o de Chaves) e 13,9% (o de Espinho). Os três casinos do grupo Estoril-Sol tiveram um crescimento moderado – as receitas da sala da Póvoa aumentaram 8,1%, para 10,5 milhões de euros, a do Estoril, 3,3%, para 15,3 milhões de euros, e a de Lisboa, 4,3%.
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